quarta-feira, 11 de abril de 2012

Concurso Público: Projeto de Qualidade



Complexo da Fecomércio contará com centro administrativo, além de reunir o Sesc e o Senac  REPRODUÇÃO/JC

Fecomércio e CDL Porto Alegre planejam mudança para suas novas sedes em 2014
 
Dois projetos que tramitam na prefeitura de Porto Alegre devem mudar a cara das organizações empresariais do comércio varejista do Rio Grande do Sul até 2014. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre e a Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado (Fecomércio) aguardam autorização do município para dar início às obras de construção de suas novas sedes, ambas fora do Centro da Capital. “Por dependermos da tramitação na prefeitura é difícil fazer uma previsão exata de quando será possível começar as obras. A nossa vontade é iniciar no segundo semestre”, ponderou a diretora da CDL Ana Cláudia Bestetti, que é arquiteta.

A nova casa da CDL será construída no terreno da esquina entre as avenidas Pernambuco e Buarque de Macedo e terá acesso, também, pelas avenidas Bahia e São Pedro. No local, será recuperado o antigo prédio de uma fábrica de massas e será construída uma nova estrutura. “No edifício listado pelo Patrimônio Histórico funcionará a nossa estrutura de ensino. Queremos desenvolver ali a escola e a universidade do varejo. Já o prédio novo deve abrigar toda a estrutura administrativa da CDL e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), além de uma área de exposições, um auditório multiúso, cafeteria, espaços comerciais e uma área aberta”, descreve.

O projeto, apresentado ao prefeito José Fortunati no final de fevereiro, deve causar impacto na valorização do bairro Navegantes e adjacências. “A obra, que deve ser entregue até o final de 2013, vai criar um polo de atratividade, tanto econômico quanto sociocultural porque a estrutura irá abrigar eventos alinhados com a programação cultural da cidade, com os interesses da comunidade. E a região do Quarto Distrito, por estar próxima das entradas da cidade, tem um potencial de desenvolvimento muito grande e já conta com empreendimentos imobiliários importantes, que estão mudando a cara daquela parte da cidade”, avalia.

Segundo a diretora da CDL, uma das propostas da entidade é que a nova sede permita contar a história do comércio varejista na cidade. Ela aponta que o desenvolvimento do município está intimamente relacionado à atividade comercial e que essa trajetória será descrita com exposições de diversos tipos, sempre de forma dinâmica e vanguardista.

Já a Fecomércio projeta uma estrutura completamente nova, que ocupará uma área de 19 hectares próxima à Freeway. A expectativa, segundo o presidente da entidade, Zildo de Marchi, é que as obras possam começar ainda em setembro. “A primeira fase deve ser concluída até 2014 e, num prazo de até oito anos, todo o complexo estará pronto. Acredito, porém, que cinco ou seis anos sejam suficientes para executar a construção”, disse ele, ao afirmar que a entidade financiará o projeto com recursos próprios.

A escolha do projeto foi realizada através de concurso do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). A proposta vencedora, anunciada em julho do ano passado, é criação do arquiteto Emerson Vidigal, de Curitiba (PR) e prevê a construção do Centro Administrativo do Sistema Fecomécio-RS, Sesc e Senac, do Centro de Convivência, do Centro de Eventos Sesc e do Centro Educacional Senac, além de uma ampla área de estacionamento (para 3,5 mil veículos).

“A Fecomércio é formada por 112 sindicatos no Rio Grande do Sul e presta serviços para todas as áreas do terceiro setor, que inclui comércio, serviços e turismo. Esse setor representa 53% do PIB e temos necessidade de dispor de um espaço que atenda, no mínimo pelos próximos 20 ou 30 anos, às nossas necessidades, tanto para as negociações sindicais, o acompanhamento tributário e dos temas relevantes para as nossas atividades, quanto para o funcionamento dos braços operacionais da entidade, que são o Sesc e o Senac”, diz de Marchi, ao ressaltar que, em função do Pronatec, o Senac incorporou mais 24 mil alunos. Atualmente, 82 mil pessoas passam por formação técnica da entidade no Estado.

Para o presidente da CDL de Porto Alegre, Gustavo Schifino, a migração das entidades do varejo para áreas fora do Centro da Capital demonstra uma preocupação do setor em melhorar e ampliar a oferta de qualificação e, também, de estar perto dos novos polos de desenvolvimento comercial da cidade. “Estar lá (no Quarto Distrito) dá mobilidade viária e proximidade com os estabelecimentos comerciais. O Centro é um funil, o trânsito é um problema para quem tem pouco tempo e precisa se qualificar. Por isso, é importante que as entidades se desloquem do Centro para qualificar o atendimento e diminuir tempo que as pessoas gastam para chegar à sala de aula”, afirma.

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