sexta-feira, 2 de setembro de 2011

ARQUITETURA em 2011... ou 2012?

Por Luiz Fiori >>

Pode ser que este assunto seja repetitivo, mas não sai do meu pensamento, então, fico ligado nos acontecimentos, previsões,  profecias,  energias,  comunicação, transporte, meios alternativos... etc. Arquitetura / arquiteto. Parece ser um momento de reflexão e de reavaliação de tudo, antigo e contemporâneo, novo / velho. O papel do arquiteto é muito relevante neste momento, mas essa arquitetura tem uma função, uma forma e um compromisso com o meio ambiente, a acessibilidade, mobilidade e que passe algo bom.

Fonte da imagem: http://www.mundodastribos.com/
profissao-de-arquiteto-e-urbanista.html
A indústria nos apresenta formas modulares, limpas, rápidas. O cliente, normalmente, quer um bom custo-benefício, porque aquelas obras maravilhosas nem sempre acontecem, nem em quantidade, nem para a maioria dos profissionais. Nós, como profissionais preocupados com estas questões, quando temos clientes que estão ou não preocupados com isso, ou quando o custo-beneficio ainda não é atraente. Este é um momento de rever prioridades, valores, direcionamentos e para nós, arquitetos, resulta em projetos.

Falar é fácil, já aplicar no dia a dia da maioria dos profissionais não é bem assim. Mas parece ser irreversível, uma questão de tempo, tanto de clima como de prazo, pois não temos escolha, é uma situação nova e uma obrigação, que podemos aderir com prazer.

O planeta Terra nunca esteve em tal situação antes, que se saiba. Tecnologia, informação, comunicação online full time, conscientização de que moramos todos neste planeta e dependemos dele, o que acontece lá do outro lado nos interessa sim. Tsunamis, degelos, maremotos, terremotos, furacões e a arquitetura / arquiteto. Quem casa quer casa, e a população do planeta nunca esteve assim nessa explosão demográfica. As grandes cidades, as menores também, pedem uma visão nova em planos diretores, urbanismo, fontes renováveis, infra-estrutura, despoluição, biodigestores, bicicletas, eólicos, energia solar, baterias recarregáveis pedalando, muita coisa!

Bem, depende de nós também para haver chances, ao rever tudo, tarefa bem complexa mas ao optar por arquitetura já sabíamos que assim seria. Em nossa formação paralela temos artes visuais, música, dança, teatro, cinema, literatura, tecnologias, gastronomia, tudo por uma melhor cultura que resulta em arquitetura. Acho também que poderíamos ter algo sobre biologia, astronomia e agricultura no currículo de formação, a exemplo de Frank Lloyd Wright e  Leonardo da Vinci. O velho e o novo se misturam e resultam em algo poderoso e funcional, com bom custo-beneficio e meio artesanal.

A nossa escola é bem grande, e é agora, neste momento de renovação, que sempre os programas de necessidades estimularam a criatividade de resolver questões com um novo toque. Com certeza, vivemos um momento muito interessante, e a sua solução vem do esforço coletivo atuante, consciente, informado e interessado. Podemos, hoje, fazer uma residência com independência e ecologia - energeticamente falando -, funcionar nas quatro estações, pequenos condomínios também assim se resolvem, usando a cobertura verde como canteiros de temperos e hortaliças, biodigestores dos sanitários e outros de gás; eólicos carregam baterias, energia solar, pedalando também, isso evita destruir mais o meio ambiente que ta pouco e complicado, podemos projetar um futuro?

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